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O Rito de Macaun
por Diamantino F. Trindade
28/07/2008
 

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     O Rito de Macaun
 

O Rito de Macaun

Diamantino F. Trindade

RITO DE MACAUAN

Diamantino Fernandes Trindade

I. INTRODUÇÃO

Este é um rito especial que deve ser feito com um número reduzido de pessoas. Não deve ser realizado durante as giras, pois exige um grau maior de concentração e meditação.
Este rito é um avanço ao Rito de Louvação aos Orixás praticado por Mestre Hanamatan, durante o período de 1995-1999, no Templo da Confraria da Estrela Dourada.
Macauam é o nome onomatopaico de uma ave de rapina, também conhecida como Acauan, Nacauan, Cauan, que se alimenta de cobras. A pronuncia repetida do seu nome predispõe a um leve estado alterado de consciência, o que possibilita às pessoas participantes do rito, uma elevação de consciência para que as energias do Astral possam ser mais bem aproveitadas.
Deve-se pronunciar o nome na forma de mantran utilizando o ritmo dos cânticos indígenas. Pode ser utilizado um pequeno tambor para a marcação do ritmo ou ainda uma maraca.
Pronuncia-se repetidamente: anauan, macauan, anauan, macauan, anauan, macuan.....

II. O RITO

1. Preleção



Antes do rito deve-se avisar as pessoas para comparecem com roupas leves e claras e não fazer ingestão de bebida alcoólica e carne no dia do rito.
Pessoas que estão debaixo de pesadas demandas ou obsedadas, não devem participar deste rito.
Com as pessoas já sentadas nas cadeiras, nos bancos ou no chão, na posição de lótus, descalças, o dirigente faz uma breve preleção explicando a importância de deixar o campo mental livre de pensamentos profanos. Os médiuns participantes também deverão ficar nessa posição.
Fazer uma breve explicação sobre os chacras, os campos mental, astral e físico.
Esta explicação fica a critério do dirigente em função do grupo de pessoas que irá participar do rito.
Deixar sobre uma mesa com uma toalha branca, ou em cima do congá, uma jarra com água potável para ser fluidificada.
Fazer uma defumação com erva-doce (cinco partes), cravo da índia (duas partes) e canela em pau (duas partes) e imburana (uma parte). A imburana ativa o campo mental.
2. A respiração

Antes de iniciar os exercícios respiratórios, explicar que quando inspiramos o ar, estamos levando para dentro de nós o oxigênio que é veículo de energias positivas. Quando expiramos, eliminamos o gás carbônico junto com as energias deletérias.

Pedir para todos fazerem uma inspiração profunda e segurar o ar por dez segundos. Eliminar o ar soprando fortemente para o chão. É interessante que o dirigente dos trabalhos consiga que todos façam o exercício sincronizadamente. Para isso ele deve comandar a inspiração e a expiração. Fazer aproximadamente dez vezes.


3. Limpeza do campo mental

Fazer agora uma defumação com incenso (pedrinhas).
Pedir para todos fecharem os olhos. Falando serenamente, o dirigente deve conduzir todos pelo caminho que ele perceber que é o melhor para o momento. Posso citar o seguinte exemplo:

• Fechem os olhos. Imaginem que estão saindo do templo e entrando em uma mata fechada.
• Caminhem pela mata e percebam alguns raios de sol passando pelas árvores. Continuem caminhando em direção aos raios de sol.
• No final da mata a luz solar fica mais intensa e vocês chegam à margem de um rio límpido e caudaloso. Vocês estão descalços.
• Sentem-se à beira do rio e coloquem os pés na água. Sintam a vibração da água fluindo pelo seu corpo.
• Peguem um copo de vidro liso e encham com água do rio. Vocês percebem que a água dentro do copo está turva, barrenta. Este copo representa o vosso campo mental, cheio de entulho do dia a dia da sua vida turbulenta.
• Vamos limpar esse campo mental. Lavem bem o copo com a água do rio até que ele fique bem limpo.
• Agora encham o copo com a água límpida. Coloquem-no contra o sol. Vejam como os raios de luz passam pela água. Bebam dessa água. O vosso campo mental está limpo e vocês estão prontos para receber as energias positivas do Astral.
• Entrem no rio e banhem-se nessas águas purificadoras. Sintam o campo mental, o campo astral e o campo físico cada vez mais limpos.
• Agora saiam do rio e recebam em vossos corpos os raios do sol. Sintam esse calor e o bem estar que ele lhes traz.
• Vamos fazer o caminho de volta pela mata. Vamos caminhando até encontrar um ser alto, de pele bronzeada, usando uma túnica lilás e que está emitindo poderosas vibrações de paz e amor. Cheguem perto dele e deixem que ele toque o vosso coronal, o vosso frontal e os demais chacras. Sintam essa energia positiva fluindo em vocês. Ele está curando vossos males físicos e espirituais. Mentalizem as partes do vosso corpo que vocês sentem adoecidas. Peçam para que ele retire todas as suas perturbações. Agradeçam pela energização.
• Vamos agora retornar ao templo. Sentem-se na posição em que vocês estavam antes de sair.
• Todos podem agora, serenamente, abrir os olhos.


4. Entonação mantrânica

Colocar em frente aos participantes uma mandala ou uma pemba riscada numa tábua de acordo com a intuição do dirigente.
Pedir para que todos fixem o olhar nessa mandala ou na pemba (todos devem permanecer com os olhos abertos). Sem desviar o olhar, começar a entoação do mantram (anauan, macauan, anauan, macauan...). Pode-se utilizar uma maracá para marcar o ritmo.
Pedir agora para todos fecharem os olhos e fazer uma respiração bem serena.



5. Incorporação

A incorporação das entidades é facultativa. O dirigente deve usar a sua intuição para saber da necessidade da presença das entidades incorporadas.
Se isto ocorrer, deve ser algo rápido. Não é o momento para grandes consultas.



5. Encerramento

Logo após a subida das entidades, procede-se a uma defumação leve (fica a critério do dirigente).
Explicar que a água

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